01/09/2013
Diante da intransigência da Empresa, que sequer permitiu que os trabalhadores utilizassem o banheiro do prédio, cerca de 30 companheiros ocuparam o Edifício sede dos Correios
Realizado na manhã de 30 de agosto, na frente ao
edifício sede dos Correios em Brasília, o Ato Nacional de Mobilização pela
Campanha Salarial 2013 também foi alvo da intransigência da ECT com relação aos
trabalhadores. A Empresa, desde o início, já tinha a intenção de intimidar os
manifestantes, e solicitou a presença pesada de força policial para acompanhar
a manifestação pacífica, que reuniu mais de 200 pessoas de diversos estados do
Brasil.
De acordo com a secretária-geral da Federação
Nacional dos Trabalhadores dos Correios, Anaí Caproni, a categoria reivindica o
reajuste salarial real de 15%, mais 7,13% de reposição da inflação, 20%
referente às perdas do Plano Real e R$ 200 de aumento linear. Ela afirma que
uma reunião está marcada para a próxima segunda-feira (2), para tentar
pressionar por negociações, que já se iniciaram a cerca de um mês, sem nenhum
avanço.
A categoria também pede a contratação de mais 110
mil funcionários por concurso. Segundo o sindicato, hoje são 80 mil
terceirizados e existe um déficit de 30 mil servidores. Após serem impedidos
pela direção da Empresa de adentrar o prédio até mesmo para utilização dos
sanitários, cerca de 30 manifestantes forçaram a entrada e ocuparam o edifício.
As pessoas estão dentro do edifício tentando negociar o reajuste e a
contratação de mais funcionários.
Por volta das 12h, policiais militares se
posicionaram nas entradas do prédio para impedir a entrada de mais
manifestantes. Os funcionários que estavam trabalhando no prédio foram
liberados. Os manifestantes estão reunidos na vice-presidência de Gestão de
Pessoas com representantes dos Correios. Os participantes exigiram que a
polícia e a segurança não estivessem na sala durante a negociação.
Os funcionários só vão deixar o prédio se for
restituída a comissão de negociação da categoria, se for apresentada uma
proposta de reajuste e o cancelamento do "Postal Saúde", novo modelo
de convênio médico que a empresa quer impor aos servidores que acarretará
perdas enormes à categoria.
No fim da tarde, porém,
um oficial de justiça entregou a comissão da Fentect um Mandado Judicial,
impetrado pela ECT, onde os trabalhadores foram obrigados judicialmente a
deixar o prédio. Ou seja, a ECT, além de se negar a negociar, ter enviado policiais
para intimidar os trabalhadores, foi rápida judicialmente para fugir de
discutir seriamente com os trabalhadores.