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Nota da Fentect sobre privatização

29/03/2017

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NOTA OFICIAL DA FENTECT SOBRE AS DECLARAÇÕES DO ATUAL MINISTRO GILBERTO KASSAB


     A Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) repudia as declarações manifestadas pelo atual ministro da Ciência, Tecnologia,Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, sobre a possibilidade de privatização dos Correios, caso não sejam aplicadas as medidas de austeridade propostas pelo governo.

     A privatização dos Correios prejudicaria consideravelmente a população, que em milhares de cidades é a única instituição que presta serviços. O papel social dos Correios é defendido pelos seus empregados, assim como a manutenção do caráter público. A categoria repudia também o aparelhamento político-partidário nos Correios, que ocasionou, em menos de um ano, a troca de três presidentes na empresa. As mudanças constantes de indicações políticas fragilizam as ações operacionais e estratégicas da empresa,
pois, além de não terem conhecimento da área, não é possível alcançar um alinhamento de ações a serem desenvolvidas.


     Diante da crise alegada pela empresa, destacamos que os Correios sempre contribuíram para os cofres do Governo Federal e sempre se mantiveram como empresa autosustentável,sem onerar a União com despesas para a sua manutenção.Cabe destacar que nos últimos anos os Correios repassou parte suas reservas financeiras, no montante de 6 Bilhões, que prejudicaram a sustentabilidade da empresa, como aponta o parecer da CGU.


     Além disso, o enquadramento contábil da ECT, sob-regras internacionais de contabilidade, que instituiu a conta pós-emprego impacta no equilíbrio financeiro, com o lançamento anual de R$ 1,5 bi de prejuízo para a empresa. A representação dos trabalhadores da FENTECT questiona a fórmula aplicada para o lançamento contábil e a necessidade urgente de rever este cálculo para equilibrar as contas. Para a criação da Postal saúde, caixa de assistência que administra o plano de saúde dos Correios, foi gasto mais de R$ 1,4 bilhão.

     Há, ainda, diversos patrocínios e gastos desnecessários que contradizem a alegação de crise financeira da empresa, como, por exemplo, a recente divulgação de gestores da empresa em tour internacional, enquanto os empregados são ameaçados de demissão, entre outros. Não podemos esquecer o “estranho” distrato com o Banco Brasil na parceria do Banco Postal que criou um enorme prejuízo financeiro e a empresa teve que arcar com a devolução de quase R$ 2 bilhões ao BB, pra depois fechar o contrato com a mesma instituição bancária,como se nada tivesse acontecido.


     Os Correios, apesar de ter o monopólio de cartas, o carro chefe são as encomendas e o banco Postal, segmento que não faz parte do monopólio. A empresa também detém total possibilidade de crescimento do mercado, que se encontra em expansão. Muitas são as ações que podem ser adotadas para a sustentabilidade da empresa, caso seja de interesse do Governo Federal, que se percebe claramente não haver. Muitas são as alternativas para que os Correios venha a se tornar novamente orgulho da sociedade e dos empregados, a exemplo: a) a FIDELIZAÇÃO das postagens de todas as EMPRESAS PÚBLICAS FEDERAIS e Estaduais nos Correios. b)Criação de Banco próprio,pois atualmente os Correios só beneficia o Banco do Brasil; c)Investimento em logística;d)Investimento na qualidade de entrega, com o cumprimento de prazos das encomendas e
cartas; e) aporte dos valores de 3,9 bi repassados para a União, acima do estabelecido legalmente; f) além das ações relacionadas a área de gestão de pessoas, condições de trabalho, segurança, contratações de novos empregados, entre outras medidas que recuperem o ambiente interno de trabalho.


     Diante de tantas constatações das ações desastrosas das direções da empresa, as alegações recentes veiculadas na imprensa pelo Ministro Gilberto Kassab são um verdadeiro assédio moral aos trabalhadores, que demonstram aqui sua indignação e já deliberaram a construção de uma grande greve geral em defesa do patrimônio público brasileiro, dos seus trabalhadores e da sociedade.


José Rivaldo da Silva- Secretário Geral da FENTECT

 

VEJA NO ANEXO ABAIXO A NOTA NA ÍNTEGRA


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