02/05/2018
Hoje, 02 de Maio, é o Dia do Combate ao Assédio Moral. A data é usada para chamar a atenção da sociedade para este problema e refletir sobre essa prática ofensiva e ilegal contra os trabalhadore(a)s. Para isso, a Secretaria de Formação Sindical e Minorias/Sintect-AL, liderada pelo companheiro André Moreira, reproduz o texto abaixo para esclarecer a categoria sobre esse mal que é cada vez mais repetitivo no mundo do trabalho.
O Assédio Moral é a exposição repetitiva e prolongada do(a) trabalhador(a) a situações humilhantes e constrangedoras nas relações de trabalho, que pode se dar através de gestos, comportamentos e palavras. Pressupõe repetição sistemática, intencionalidade, direcionalidade, temporalidade e degradação deliberada das condições de trabalho.
Em muitos casos, o Assédio tem como intenção forçar o(a) trabalhador(a) a solicitar demissão, especialmente aqueles que possuem algum tipo de estabilidade (gestantes, sindicalistas, cipeiros, outros).
Entre as consequências do Assédio Moral estão impactos e prejuízos à saúde do(a) trabalhador(a) vítima deste tipo de violência, podendo manifestar-se através de ansiedade, baixa autoestima, sintomas depressivos, distúrbios psicossomáticos, entre outros.
O Assédio Moral pode dar-se de várias formas, sendo comum atitudes/comportamentos como:
a) recusar a comunicação direta;
b) desqualificar constantemente o(a) trabalhador(a);
c) ignorar a presença do(a) trabalhador(a);
d) atribuir apelidos ridículos;
e) espalhar boatos e mentiras sobre o(a) trabalhador(a);
f) determinar tarefas inúteis e degradantes;
g) induzir o(a) trabalhador(a) à falha ou erro;
h) não fornecer ao(à) trabalhador(a) os meios/instrumentos para o desenvolvimento do trabalho;
i) fornecer instruções confusas e vagas ou não dar qualquer instrução sobre a tarefa efetuada;
j) isolar o trabalhador(a) do restante do grupo;
l) fazer críticas injustas e exageradas;
m) desconsiderar recomendações de saúde;
n) criticar a vida privada do(a) trabalhador(a);
o) falar com o trabalhador(a) aos gritos;
p) atribuir ao trabalhador(a) problemas psicológicos;
q) pressionar para que o(a) trabalhador(a) abra mão de seus direitos (férias, horas-extras, horários).
Para o enfrentamento do Assédio, é importante pensar sempre em estratégias coletivas, que além de mais eficazes do que as individuais, podem auxiliar na prevenção de novos casos. Como estratégias individuais, destacam-se:
a) tomar nota dos detalhes, buscar a ajuda dos colegas;
b) procurar o Sintect-AL;
c) recorrer aos órgãos competentes (Ministério Público de Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho, outros);
d) buscar apoio (profissionais de saúde, amigos e familiares).
Já entre as estratégias coletivas, estão: criação de espaços de discussão sobre o trabalho; fortalecimento de relações solidárias no trabalho; sensibilização dos profissionais de Saúde, sindicalistas, membros da CIPA, movimentos sociais, visibilidade do Assédio Moral, através de notificações, vigilâncias aos ambientes e processos de trabalho, outras.
Portanto, não pense duas vezes, em caso de assédio moral, denuncie. Procure o Sintect-AL para que juntos possamos tomar providencias e coibir esse tipo de prática abusiva.
Fonte: http://www.cerestvales.com.br/pagina/02-de-maio-dia-nacional-de-combate-ao-assedio-moral
Clique no link abaixo e confira a cartilha sobre assédio moral disponibilizada pela Fiocruz: