26/09/2018
Não bastasse a situação de penúria nos municípios do interior alagoano, onde é comum encontrar pessoas humildes lutando para sobreviver, os Correios, de algum modo, estão contribuindo com esse drama social.
Desde que o contrato com as empresas terceirizadas de limpeza foi encerrado, a estatal vem explorando os serviços de pessoas simples para limpar as agências postais em Alagoas. Messias, Teotônio Vilela e Viçosa estão entre os municípios nos quais esses trabalhadores e trabalhadoras estão, em até três meses, sem receber seus parcos valores por pura negligência (ou seria maldade?) da ECT.
A velha desculpa para o atraso é a de que tudo está centralizado na administração dos Correios em Brasília. Porém, essa “lorota” não cola mais, pois o problema é recorrente. Em julho deste ano o Sintect-AL denunciou a mesma velhaquice que provocara desespero nos prestadores de serviço e compaixão nos gerentes das agências postais que nada tem a ver com o descaso.
Em Alagoas, o tratamento dado a quem trabalha para os Correios é completamente desigual, pois caso os altos salários dos gestores da ECT estivessem atrasados, todos já teriam recebido. Afinal, quando é para encher os bolsos deles, pagamento de salário é coisa séria, tem prioridade total. Agora, quando é com o outro, com os mais humildes, que nem salário chega a ser, só Deus sabe quando se resolve. Ou seja, pagarão quando quiser.
Enfim, chega dessa pouca vergonha. Se deve que pague logo! Até porque barriga não espera e quem trabalha quer receber.
Essas companheiras e companheiros estão cansados do calote na empresa!!!