27/09/2018
CDD Maceió abarrotado de encomendas em condição de vulnerabilidade aguardando entrega
O ato perigoso de se mandar para os centros de distribuição domiciliária as encomendas que deveriam ser entregues pelo Centro de Entrega de Encomendas de Maceió continua em prática e expondo ao risco de assalto o trabalhador, as instalações dos centros de distribuição e as encomendas dos clientes.
Não bastasse o dano provocado na entrega dos objetos postais e na eficiência da ECT após a implantação da distribuição domiciliária alternada, agora parece que virou moda enviar dezenas de encomendas para serem abrigadas em unidades desprovidas de segurança patrimonial.
O CDD Maceió é um desses setores que vem sofrendo com o envio indiscriminado de encomendas embora não tenha uma segurança adequada para abrigá-las, principalmente no período da noite e da madrugada.
O Sintect-AL repudia essas medidas administrativas da Superintendência Estadual e entende que elas não são o melhor caminho para se resolver o problema da falta de pessoal e da falta de estrutura na ECT. Infelizmente, o que vem sendo feito nos Correios tem prejudicado os clientes, a empresa e o trabalhador.
Medidas esdrúxulas, a exemplo da DDA e do acúmulo de encomendas nos CDD’s visam apenas criar um fato para justificar a privatização da empresa sob o falso argumento de que tudo o que tem sido feito é para resolver os problemas postais.
O superintendente estadual e seus gerentes deveriam ter a coragem para se impor frente a direção nacional dos Correios e não simplesmente se rebaixarem aceitando sem contestação as ordens vindas de lá. Até porque a realidade do serviço postal em Alagoas não pode ser medida pela tela de um computador, mas sim pela verificação in loco da falta de pessoal, da precarização da ECT e pelas constantes reclamações da população na imprensa local.
Tudo o que vem dando de errado nos Correios de Alagoas é da inteira responsabilidade da Superintendência Estadual. Esta nunca teve a altivez para defender a empresa, os trabalhadores e a população alagoana. Simplesmente reza a cartilha de quem não tem compromisso com o serviço público e quer destruir a estatal.
No futuro, a responsabilidade histórica por toda essa tragédia não recairá sobre quem aqui chega vindo da capital federal para fazer turismo sob a falsa alegação de que veio a Alagoas para acabar com o caos da ECT no estado. Estes jamais serão responsabilizados pelos problemas postais que nunca acompanharam de perto.
O Sindicato não se limita apenas em apontar os problemas. Também oferece a solução. Concurso público, o fim da DDA e a nomeação de gestores competentes e comprometidos com a administração pública são alguns dos caminhos pertinentes para que se comece a salvar a estatal que é patrimônio do povo brasileiro.