01/04/2019
Local não oferece as mínimas condições de trabalho e já deveria ter sido interditado
Imagine trabalhar num lugar completamente insalubre. Ser obrigado a conviver com o mofo, paredes sujas, piso molhado, infiltrações, condicionador de ar quebrado, telhado cheio de goteiras, além de outros problemas que afetam o dia a dia de trabalho no setor.
A Unidade de Distribuição dos Correios em Rio Largo é o símbolo do processo de degradação e abandono de diversos setores postais em Alagoas. Além de Rio Largo, ao longo dos anos a falta de zelo vem oferecendo risco à saúde e à segurança dos ecetistas em vários municípios alagoanos.
Passar pela Unidade de Distribuição de Rio Largo não é tarefa fácil. O cenário de abandono impressiona quem chega e contradiz os belos comerciais dos Correios veiculados nacionalmente.
Sem dedetização, o setor é constantemente visitado por baratas, escorpiões e outros insetos. Principalmente no banheiro feminino, lugar em que o cheiro forte de barata se mistura com o de mofo devido às infiltrações. Enquanto isso, falta água para beber, já que os Correios estão devendo o pagamento de 60 garrafões para o fornecedor.
A senhora que faz a limpeza do local, desde dezembro, não recebe um centavo. As lâmpadas são inadequadas (luz amarela) levando os trabalhadores a forçar a visão durante as leituras. O telhado tem infiltração em todo o prédio e corre sério risco de desabamento. Devido a falta de bancada, os carteiros estão colecionando as encomendas no chão molhado pela chuva.
Sombrio, o setor em nada se compara com o gabinete de luxo da Superintendência Estadual. Uma verdadeira miragem num deserto de abandono pelo qual passa a ECT em Alagoas. Rio Largo, assim como tantos outros municípios, tem sido vítimas do comodismo administrativo, da inoperância e do descaso que assolam os Correios de Alagoas há um bom tempo.
Uma vergonha, um crime contra a administração pública e o patrimônio do povo brasileiro que precisa ser apurado urgentemente.
Confira abaixo algumas fotos do local: