03/06/2020
Atos contra o racismo e a violência policial se espalham pelo mundo desde que, no dia 25 de maio, o ex-segurança George Floyd foi assassinado pela polícia na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos. A cena, que revoltou o mundo, é de um policial branco imobilizando um homem negro e o asfixiando até a morte, enquanto ele dizia, por várias vezes: “I cannot breathe” (eu não consigo respirar, em inglês).
Tudo começou quando Floyd, de 60 anos, foi ao mercado Cup Foods e na hora de efetuar o pagamento, o funcionário ligou para a polícia ao desconfiar que uma nota utilizada era falsa. Assim que chegou, o policial algemou o homem, o colocou de barriga para baixo e o imobilizou com o joelho sobre seu pescoço, impedindo a sua respiração.
No Brasil, a situação dos negros não é diferente. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no Brasil, a cada três assassinatos, dois são de negros. Dados do próprio Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que 75% das vítimas do país são negras. A taxa, registrada em 2017, corresponde a 65.602 homicídios naquele ano. Desse total, a cada 100 mortes, 75% são de jovens negros entre 15 e 19 anos de idade.
Em 18 de maio, o menino João Pedro, de 14 anos, foi morto após ser baleado pelas costas por policiais que entraram em sua casa durante uma operação no Complexo do Salgueiro. E casos como este se repetem ano a ano.
Por isso, o Sindicato está ao lado de todas e todos aqueles que protestam contra o genocídio da população negra, contra o racismo e contra a violência praticada em abordagens policiais.
Os protestos antirracistas ocorrem por várias cidades dos Estados Unidos e do mundo. No Brasil, manifestações antifascistas e antirracistas também tomam forma desde o último fim de semana. A população cobra justiça para os negros assassinados.
Na categoria ecetista, a luta contra a discriminação racial é constante. Os trabalhadores exigem igualdade de oportunidades e inclusão, garantindo iguais condições de acesso e ascensão profissional para negras e negros, que ainda recebem salários menores para os mesmos trabalhos e ocupam menos cargos de liderança no Brasil.
Basta ao racismo estrutural. Vidas negras importam!