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Nove razões que tornam necessário o Dia Internacional da Mulher

08/03/2014

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Mulheres citam que é preciso relembrar a luta feminista do século 19. "Para mudar o mundo, precisamos mudar a vida da mulher", diz especialista sobre índices de violência globais.

 

Apesar do bem sucedido avanço das mulheres, a convivência dos gêneros está longe do ideal. Ao lado de meninas, as mulheres são social e culturalmente discriminadas e lideram os principais rankings de violência. “Não podemos esquecer que o 8 de março é um dia de luta. Ela deve ser usada para difundir a necessidade do mundo entender a voz das mulheres, a ouvir e respeitar”, defende Miriam Nobre, de 48 anos, integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF). “Para mudar o mundo, precisamos mudar a vida das mulheres”.

 

Veja 09 fatos que provam a relevância do Dia Internacional da Mulher:

 

 

1. Mulheres ainda são vistas como "metades" de um par

 

Entre os especialistas ouvidos pela reportagem, todos comemoram que a personagem mulher já deixou de ser “apenas mãe”. No entanto, segundo a empresária Miriam Terezinha Fellipi, de 48, muitos ainda pensam que a mulher só estará completa e feliz após a conquista do pacote "profissional e amoroso". “Hoje manifestamos nossas escolhas, o que não tinha nas últimas duas gerações. Mas lutamos contra os que pensam que somos bibelôs e não seres pensantes”, conta. Para Miriam, o cenário é positivo e hoje pais estimulam as filhas para o estudo “e não só para esperar um bom casamento”.

 

2. Mulheres ainda recebem menos do que os homens

 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012 revelou que os homens ainda ganham mais do que as mulheres, e que a diferença entre os salários voltou a crescer após dez anos em declínio. A empresária Miriam comprovou a diferença. Segundo ela, trabalhar o dobro ou o triplo do que os colegas homens não era o suficiente. “Eu ganhava a metade do salário deles. O cenário evoluiu, mas está longe de ser igualitário”. E Miriam não está errada.

Nos últimos dez anos, a mulher tem conquistado mais espaço no mercado de trabalho brasileiro. Em alguns cargos, o aumento chegou a 72%, comparando 2002 a 2013, segundo a Catho. Porém, a prosperidade não chega aos bolsos das funcionárias. Hoje, uma diretora ganha R$ 17,630, mas verá o homem - com a mesma posição e responsabilidades - ganhar R$ 21.456, segundo pesquisa de fevereiro.

 

3. Mulheres ainda têm fraca atuação política

 

Apesar da chegada de Dilma Rousseff à presidência da República em 2010, o espaço da mulher na política é tímido. Atualmente, elas ocupam apenas 9% das vagas da Câmara dos Deputados e 13% das do Senado. Para Beth Penteado, de 54 anos, consultora de negócios e autora do livro “Afeto com Marketing” (Unicentro), a presença da mulher poderia trazer um raro equilíbrio à esfera política. Para ela, não existe o personagem “mulher coitadinha” e um espaço que não possa ser conquistado. “Precisamos abandonar o discurso vitimado. Essa eterna queda de braço entre homem e mulher não é nada moderno”, disse.

 

4. Mais de um terço das mulheres já sofreram violência no mundo

 

Cerca de 35% da população feminina mundial com mais de 15 anos de idade já sofreu violência física ou sexual em algum momento da sua vida, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em junho do ano passado. Ainda de acordo com o estudo, 38% assassinatos cometidos contra mulheres foram executados pelos seus parceiros. O quadro é classificado como um problema de saúde pública pela OMS com proporções epidêmicas. Entre os países analisados pela organização, a África é a região com a maior ocorrência de violência contra a mulher: 45,6%. No Brasil, com dados de 2011 da Secretaria de Políticas para Mulheres, quatro em cada dez brasileiras foram agredidas verbal ou fisicamente.

 

5. As mulheres não recebem o devido valor nos Correios (tópico incluído no texto original)

 

Ao longo dos anos, as mulheres trabalhadoras dos Correios vem travando uma luta árdua pela igualdade de tratamento e valorização profissional. Uma realidade bastante triste se dá no reduzido número de carteiras na empresa. Percebe-se que nos últimos anos o número de mulheres no desempenho do cargo foi reduzido drasticamente por razões que ainda não foram bem esclarecidas pela ECT. Sabe-se apenas que o exame físico durante o processo seletivo é desproporcional a condição física feminina e que estranhamente já se falou em determinado centro de distribuição de Maceió que não seria interessante ter carteira na equipe por que elas engravidavam. No momento o índice de carteiras afastadas da função por problemas de saúde é alarmante, o que comprova que as metas atribuídas as profissionais são abusivas.

 

6. 150 milhões de meninas sofreram agressão sexual no mundo

 

Os dados foram divulgados na quinta-feira (6) pela Anistia Internacional. As vítimas, segundo o órgão, têm menos de 18 anos. Além disso, o estudo citou ainda que ao menos 142 milhões de crianças correriam o risco de ser obrigadas a casar, entre os anos de 2011 e 2020. Em fevereiro, a revista The Lancet publicou que uma em cada 14 mulheres já foi – pelo menos uma vez – vítima de abuso sexual por parte de alguém que não o seu parceiro. O levantamento, feito em 56 países, citou que a taxa varia muito para cada país, mas a região central da África Subsaariana registra até 20% dos abusos.

 

7. No Brasil, entre 2001 e 2011, uma mulher foi assassinada a cada 1h30

 

A forma de violência contra a mulher mais comum em todo o mundo é a doméstica. Em uma década, no Brasil, estima-se que ocorreram mais de 50 mil feminicídios. Entre os anos 2001 e 2011, em média, 5.664 mulheres morreram de forma violenta, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em setembro do ano passado. A conclusão é que a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, não diminuiu a mortalidade do gênero. O Ipea concluiu também que mulheres jovens (31%), negras (61%) e com baixa escolaridade (48%) foram as principais vítimas brasileiras.

 

8. 125 milhões de meninas e mulheres sofreram mutilação genital

 

Uma prática comum em 29 países da África e Oriente Médio é a mutilação genital, que consiste no corte de parte ou de toda a genitália externa da mulher. O ato é reconhecido pela ONU como uma violação aos direitos humanos, provoca dor intensa e consequências imediatas para a saúde. Além dos 125 milhões que já sofreram o procedimento, a organização acredita que outras 30 milhões correm o risco de sofrer o procedimento na próxima década. Os países com os índices mais altos são: Somália (98%), Guiné (96%), Egito (91%) e Serra Leoa (88%).

 

9. Mulheres são 59% mais propensas a serem traficadas

 

Tema da Campanha da Fraternidade, o tráfico humano deve voltar a ser debatido pela Igreja Católica neste ano. Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), cerca de 2,4 milhões de pessoas são vítimas do tráfico de seres humanos, um mercado que lucra mais de 32 milhões de dólares ao ano. E as mulheres são as mais propensas vítimas do tráfico, trabalhos forçados e sexuais, com 59%. Homens ficam com 14% das chances.

 

 

Fonte:

 

http://delas.ig.com.br/comportamento/2014-03-08/dez-razoes-que-tornam-necessario-o-dia-internacional-da-mulher.html

Texto adaptado.

 

 

Postado por: Marlene Duarte/Secretária da Mulher e Minorias/Sintect-AL


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