GERAE de Pernambuco diz que cerca de 55% do faturamento da ECT é lixo

Já não bastassem os problemas internos que a categoria enfreta em Alagoas, os trabalhadores agora têm que aguentar “pitacos” de gestores vindos de fora. Durante reunião no CDD Maceió, a gerente de atividades externas da Diretoria Regional de Pernambuco, Márcia Moura, sem qualquer missão formal pela ECT, resolveu se meter no serviço da DR/AL quando os carteiros do CDD Maceió sugeriram que a distribuição fosse suspensa por um dia para que houvesse tempo de ordenar todas as cartas atrasadas. Inesperadamente, a GERAE de Pernambuco disse que os carteiros deveriam se preocupar em entregar as correspondências registradas porque as cartas (FAC) eram “lixo” para ela.

Nas entrelinhas de sua declaração, a gerente deixou a entender que as faturas postadas pelas grandes empresas e, diariamente esperadas pela população, deveriam ficar se acumulando nos Correios por se tratar de “lixo.”

O Sintect-AL reprova a declaração infeliz de Márcia Moura e entende que a GERAE/PE perdeu uma grande oportunidade de ficar calada. Pois, além de estar indevidamente numa reunião de serviço, em um estado que não é o seu, foi deselegante ao menosprezar a opinião dos trabalhadores do CDD Maceió e demonstrou desconhecimento de causa sobre uma categoria de correspondências que representa cerca de 55% da arrecadação da ECT.

Infelizmente, não ter a visão de que todos os objetos postais têm um valor econômico para a empresa e um valor social para a população, é uma clara demonstração de total despreparo e falta de visão estratégica na importante função que a senhora Márcia ocupa.

Diante de tamanho vexame, fica a pergunta: será que esse tipo de orientação vale também para Pernambuco? Ou tudo não passou de uma tremenda falta de respeito na casa dos outros?

Em meio a cartas atrasadas e clientes prejudicados, lixo mesmo é o que se anda falando por aí.